Ninguém deve tratar apenas exames

28/10/2018 17:49

Artigo: Effects of Intensive Glucose Lowering in Type 2 Diabetes (Accord Study)

Um estudo que completou dez anos desde a publicação de seus resultados - mas cuja evidência permanece até os dias atuais nos guidelines da ADA, SBD, AACE e outras sociedades. Hoje falaremos sobre o estudo Accord, um ensaio clínico randomizado que incluiu 10.251 pacientes com DM2 nos EUA e Canada, entre 40 e 79 anos com HbA1c igual ou maior que 7,5% e que possuíam fatores de risco cardiovascular. Todos os participantes foram distribuídos entre dois grupos que possuíam metas de hemoglobina glicada distintas: um grupo intensivo, com HbA1c <6%, e um convencional, com valores entre 7% e 7,9%. Você imagina quais foram os resultados desse estudo? Além de sofrerem mais episódios de hipoglicemia e utilizam mais drogas, a análise estatística revelou que o desfecho primário (morte por evento cardiovascular ou ocorrência de IAM/AVE não fatal) ocorreu mais no grupo de tratamento intensivo. Ainda, o braço convencional do estudo demonstrou estar 22% protegido (HR 1.22; 95% CI, 1.01 to 1.46; P=0.04) em comparação ao grupo de tratamento intensivo em relação aos óbitos ocorridos neste ensaio. O estudo Accord, portanto, nos fez refletir sobre até que ponto supertratar o diabetes e um exame - a HbA1c - beneficia nossos pacientes, nos levando cada vez mais à conclusão de que o tratamento aqui deve ser cada vez mais individualizado.

 

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