Questão 61 - Pergunta e Resposta

27/05/2019 18:45

Instituto Fernandes Figueira - RJ (Acesso direto)

Sobre a púrpura trombocitopênica idiopática, podemos afirmar:

  1. Pacientes com menos de 50000 plaquetas têm risco aumentado de sangramentos internos espontâneos.
  2. A imunoglobulina venosa é a terapêutica de primeira linha em adultos com plaquetopenia.
  3. A doença é em sua maioria de curso crônico e com baixo índice de remissão em crianças.
  4. A esplenectomia laparoscópica é indicada em pacientes resistentes à terapêutica com corticoesteroides.

PET COMENTA

A primeira alternativa pode ser uma grande confundidora daqueles que têm apenas uma noção sobre o assunto. Classicamente, abaixo de 50000 plaquetas, os sangramentos espontâneos são de fato possíveis de acontecer (especialmente <30000). Entretanto, nos distúrbios da hemostasia primária (plaquetários) os sangramentos mais característicos são os que acometem pele e mucosas, gerando por exemplo epistaxe, gengivorragia, petéquias, equimoses, entre outros sinais. Além disso, a PTI é uma patologia em que o risco de sangramentos é menor do que o de outras que também cursam com trombocitopenia. A segunda alternativa encontra-se incorreta, já que a imunoglobulina venosa é utilizada apenas em casos refratários ou de alto risco. As drogas de primeira escolha no tratamento da PTI são os corticoesteroides, em especial a prednisona na dose de 1mg/kg/dia. A alternativa C informa o contrário do que diz a literatura: normalmente a doença em crianças é aguda, com duração máxima de 6 meses (autolimitada), acontecendo após algum episódio infeccioso. A doença costuma ser crônica em indivíduos adultos. Já a alternativa D é concordante com o tratamento atualmente preconizado, sendo a esplenectomia indicada para os pacientes que não melhoram após 3 meses de uso de corticoides, mantendo uma plaquetometria <20000-30000.

Portanto, a resposta correta é a letra D.

Referências bibliográficas:

  1. Longo, DL et al. Harrison's Principles of Internal Medicine. 18th ed. New York: McGraw-Hill, 2012.
  2. Goldman, L.; Schafer, Al. Goldman's Cecil Medicine. 24th ed. Philadelphia: Elsevier Saunders, 2012.

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