Uma nova ferramenta para estimar ASCVD: essa vai colar?

17/03/2019 13:13

Artigo: Astronaut Cardiovascular Health and Risk Modification (Astro-CHARM) Coronary Calcium Atherosclerotic Cardiovascular Disease Risk Calculator

Lançada no ano passado, o Astro-CHARM tool, uma nova ferramenta para avaliar o risco cardiovascular, inclui tanto os fatores de risco tradicionais quanto os emergentes cálcio arterial coronário (CAC) e proteína C de alta sensibilidade. Segundo o artigo publicado no jornal CIRCULATION, da AHA, a calculadora do Astro-CHARM melhora significativamente a predição do risco absoluto de ASCVD em 10 anos, especialmente para pacientes com 40-65 anos (participantes da coorte principal deste estudo apresentaram idade média de 51 anos ± 7,5) que encontram-se em limites fronteiriços e incertos para o início de estatina ou AAS como medida de prevenção primária. Ao incorporar o CAC - de todos os fatores de risco emergentes, aquele de maior impacto e com maior corpo de evidências - ao cálculo de risco absoluto como uma variável contínua, esta ferramenta torna-se mais precisa em estimar risco e guiar a terapêutica para os nossos pacientes, aperfeiçoando a indicação (já obsoleta?) da diretriz de 2013 da ACC/AHA que adaptava o risco individual de acordo com pontos de corte de CAC ("downgrade risk if CAC = 0; upgrade if CAC > 300 or >75th percentile). Vale ressaltar que o modelo do Astro-CHARM é melhor aplicado para indivíduos que não estejam em terapia com estatinas, dado que >90% da população que compõe seus dados não estava em uso dessa medicação.

Portanto, uma das grandes questões dado o custo desses novos fatores de risco cardiovascular é: de que forma eles se colocam em nossa prática clínica, sobretudo em nosso país? Um custo declaradamente desnecessário ou se bem indicado para o grupo de pacientes incertos quanto ao risco individual pode ser uma excelente ferramenta para estimativa e aconselhamento na prevenção primária de ASCVD? Convidamos então alunos e professores para opinar sobre esse estudo e suas implicações à nossa realidade.

Acesse o artigo em: https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIRCULATIONAHA.118.033505?fbclid=IwAR18mYuetzUxlznrGTLTR38Amf76VcCvg9Qm4TKQIuYPMm3FOAKIMK1cC-o

 

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