Carboidratos refinados podem aumentar a mortalidade?

A alimentação é um dos principais focos de intervenções quando se trata em melhorar a qualidade de vida. Afinal, comer bem pode interferir em como e por quanto tempo viveremos.

Recentemente, o NEJM publicou novas análises do PURE (Prospective Urban Rural Epidemiology), um estudo de coorte prospectivo que incluiu 137.851 participantes entre 35 e 70 anos de idade e que evolveu mais de 20 países distribuídos em cinco continentes.

Esta nova publicação do estudo focou em avaliar a associação entre o índice glicêmico dos alimentos ingeridos, doença cardiovascular e mortalidade.

A análise dos dados mostra que uma dieta com alto índice glicêmico (carboidratos refinados, baixo teor de fibras) estava associada a um risco aumentado de um evento cardiovascular importante (morte por causas cardiovasculares, IAM não fatal, AVC, insuficiência cardíaca) ou morte por outra causa, tanto entre participantes com doença cardiovascular preexistente (razão de risco, 1,51 ; Intervalo de confiança de 95% [IC], 1,25 a 1,82) quanto entre aqueles sem essa doença (razão de risco, 1,21; IC de 95%, 1,11 a 1,34).

Então, pessoal, olho aberto não apenas na quantidade de alimentos ingeridos, mas principalmente na qualidade deles!  

Referência: Jenkins D.J.A., Dehghan M., Mente A., et al.. Glycemic Index, Glycemic Load, and Cardiovascular Disease and Mortality . N Engl J Med 2021; 384:1312-1322

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