Deve-se manter ou descontinuar antidepressivos na Atenção Primária?

24/10/2021 15:00

Tendo em vista, no geral, o uso de antidepressivos por períodos prolongados na Atenção Primária, sem dados suficientes sobre o efeito da manutenção ou da descontinuação desses medicamentos nesse cenário, foi publicado um ensaio clínico randomizado, duplo cego, conduzido em 150 clínicas no Reino Unido, cujo objetivo foi o de avaliar os efeitos da manutenção da terapia antidepressiva em comparação à descontinuação do tratamento, em pacientes da Atenção Primária que faziam uso há mais de 09 meses e se sentiam bem para considerar interromper a medicação. Os pacientes elegíveis tinham entre 18 e 74 anos e relataram pelo menos dois episódios anteriores de depressão ou tomaram antidepressivos por mais de 2 anos (citalopram, fluoxetina, sertralina ou mirtazapina). O principal critério de exclusão foi depressão atual. O desfecho primário foi a primeira recaída da depressão durante o acompanhamento de 52 semanas; os desfechos secundários foram sintomas depressivos e de ansiedade, sintomas físicos e de abstinência, qualidade de vida, tempo para interromper um antidepressivo ou placebo e classificações globais de humor. Foram incluídos 478 pacientes, com idade média de 54 anos, sendo 73% mulheres. A adesão foi de 70% no grupo manutenção e de 52% no grupo descontinuação. Recaída da depressão ocorreu em 92 de 238 pacientes (39%) no grupo de manutenção e em 135 de 240 (56%) no grupo de descontinuação durante as 52 semanas do ensaio (RR 2,06; IC 95%, 1,56 a 2,70; P <0,001). Os desfechos secundários foram geralmente na mesma direção do desfecho primário.

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