Evidência para terapia compressiva na prevenção de recorrência de celulite
Foi publicado no NEJM dessa semana um estudo randomizado, aberto e controlado em hospital na Austrália para avaliar a utilidade da terapia compressiva em reduzir a recorrência de celulite de membros inferiores. Os pacientes foram divididos em 2 grupos (conduta conservadora e conduta conservadora com terapia compressiva) com cross-over do grupo controle quando houve episódio de celulite. Foram incluídos adultos com pelo menos 2 episódios de celulite na mesma perna nos últimos 2 anos e com edema de duração maior que 3 meses.
Concluiu-se que houve benefício da terapia compressiva para o desfecho primário de recorrência de celulite com encerramento precoce do estudo por benefício. Curiosamente, não houve diferença entre os grupos no desfecho secundário de qualidade de vida.
No entanto, algumas ressalvas podem ser feitas quanto a esse estudo. Devido ao encerramento precoce do recrutamento, não chegaram ao número previsto de participantes para análise estatística. Além de limitar a interpretação por esse fato em si, vale lembrar que houve risco de viés por parte dos avaliadores dos desfechos por ser um estudo aberto. Outro acontecimento interessante que dificulta a generalização externa da evidência é a aderência elevada à terapia que tipicamente não é vista na prática clínica.
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