Hipotermia no pós-PCR reduz mortalidade?

20/06/2021 15:00

Apesar de o ACLS (2020) e o ERC (2021) recomendarem o manejo direcionado de temperatura, mais especificamente a hipotermia dirigida pós-PCR para prevenção de lesões neurológicas, seu suporte empírico é questionável, a exemplo do estudo TTM. Publicado neste mês no New England Journal of Medicine, o TTM2 Trial se configura como um ensaio clínico multicêntrico, aberto, com avaliação cega dos resultados, cujo objetivo foi o de avaliar os efeitos benéficos e prejudiciais da hipotermia (temperatura alvo de 33°C, com posterior reaquecimento controlado) em comparação à normotermia (37,5° C ou menos) e o tratamento precoce da febre em pacientes após PCR, com a hipótese de que, em 6 meses, a mortalidade seria menor no grupo de hipotermia. Eram elegíveis pacientes adultos (≥18 anos de idade), admitidos após PCR, com mais de 20 minutos consecutivos de circulação espontânea após reanimação; todos estavam inconscientes e incapazes de obedecer a comandos verbais bem como não tinham uma resposta verbal à dor. O desfecho primário foi morte por qualquer causa em 6 meses, já o principal desfecho secundário foi um resultado funcional ruim em 6 meses (4 a 6 na escala modificada de Rankin, ou seja, de deficiência moderadamente severa à morte). Um total de 1.850 pacientes foram avaliados para o desfecho primário: não houve redução de mortalidade em 06 meses. Ademais, a porcentagem de pacientes com sequelas funcionais graves foi a mesma em ambos os grupos (55%).

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