O que se sabe sobre o uso de sacubitril-valsartana no pós-IAM?

21/11/2021 15:00

É sabido que sacubitril-valsartana bloqueia simultaneamente o sistema renina-angiotensina e inibe a degradação de vários peptídeos vasoativos, com redução de risco de descompensação de insuficiência cardíaca (IC), mais efetivamente do que inibidor do sistema renina-angiotensina isolado. Como havia carência de dados de comparação entre essas drogas no cenário do IAM, foi publicado um ensaio clínico randomizado, duplo cego e multicêntrico, cujo objetivo foi o de avaliar se sacubitril-valsartana seria superior ao ramipril na redução do risco de morte cardiovascular ou IC. Os pacientes elegíveis, além de não apresentarem histórico de IC, deveriam ter tido IAM dentro de 0.5 a 7 dias, com fração de ejeção (FE) reduzida e/ou congestão pulmonar, bem como pelo menos um dos seguintes: idade ≥ 70 anos, DM, IAM prévio, TFG < 60, fibrilação atrial, FE < 30%, Killip III ou IV, ou IAM com supra de ST sem reperfusão em 24 horas. Foram excluídos pacientes com instabilidade clínica, TFG < 30, potássio > 5.2, histórico de angioedema ou incapacidade de tomar IECA ou BRA. Foram incluídos 5661 pacientes, submetidos à randomização – em média – 4,3 dias após IAM. A média de idade foi de 63,7 anos, dupla antiagregação plaquetária foi prescrita em 92,2% dos casos, estatina em 94,9% e foi usado IECA ou BRA em 78,4% antes da descontinuação à randomização. Ao longo de uma mediana de 22 meses, um evento de desfecho primário (morte cardiovascular ou IC incidente) ocorreu em 338 pacientes (11,9%) no grupo sacubitril-valsartana e em 373 pacientes (13,2%) no grupo ramipril (RR 0,90; 95% [IC ], 0,78 a 1,04; P = 0,17). Sacubitril-valsartana não foi associado a uma incidência significativamente menor de morte por causas cardiovasculares ou de IC incidente do que o ramipril entre pacientes com IAM.

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