Quais as complicações a longo prazo do diabetes tipo 2 de início na juventude?

Atualmente o diabetes do tipo 2 é uma das doenças crônicas não transmissíveis mais prevalentes na população mundial e com um grande potencial de morbimortalidade. Em jovens, o número de casos aumenta e as complicações relacionados à doença na transição para a vida adulta ainda são um grande desafio para a saúde. Por isso, um estudo divulgado no New England Journal of Medicine, em julho de 2021, com 500 pacientes jovens, com idade média de 26,4 anos e tempo médio de diagnóstico de diabetes do tipo 2 de 13,3 anos, foram acompanhados em um estudo observacional, dividido em duas fases, com duração de 9 anos (2011-2020), em que a primeira consistiu no cuidado e tratamento com metformina, com ou sem insulina, para controle glicêmico, enquanto a segunda fase foi composta pelo estudo observacional, sem tratamento ou intervenção neste momento. Anualmente, houve avaliação para doença renal diabética, hipertensão, dislipidemia e doença nervosa e avaliação de doença retiniana em 2 vezes durante o estudo. Observou-se uma incidência cumulativa de hipertensão em 67,5% dos pacientes, 51,6% com dislipidemia, 54,8% com doença renal diabética e 32,4% com doença nervosa, enquanto a doença retiniana foi apresentada em 13,7% dos indivíduos entre 2010 e 2011 e 51% de 2017 a 2018. Também foram verificados os fatores associados ao aumento do risco de desenvolvimento de complicações microvasculares os quais estavam relacionados à raça ou grupo étnico, ao alto nível de hemoglobina glicada, sensibilidade à insulina, hipertensão e dislipidemia, com uma complicação microvascular em 60,1% dos participantes. Tais dados reforçam as consequências graves do diabetes na juventude para o indivíduo e para a saúde pública.

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