Questão 116

24/10/2020 12:24

(FMRP-USP, 2018)

116 - Uma primigesta de 16 anos, com 32 semanas de gestação, comparece ao Centro Obstétrico, assintomática, com PA = 170x110 mmHg, havendo redução para 140x90 mmHg após 30 minutos de decúbito lateral esquerdo. A paciente foi mantida em observação por 2 horas e, na reavaliação, apresentava PA = 150x100 mmHg, assintomática. Exames laboratoriais revelam hemoglobina = 13,3 g/dL, hematócrito = 42%, contagem de plaquetas = 85.000/mm³, TGO = 25 UI/L, urina I normal, sem proteinúria, ureia = 28 mg/dL e creatinina = 0,9 mg/dL. Qual é o diagnóstico do quadro hipertensivo dessa gestante?

a) Crise hipertensiva na gestação.

b) Hipertensão arterial crônica.

c) Hipertensão arterial gestacional.

d) Pré-eclâmpsia.

 

PET Comenta: a manifestação de hipertensão após a vigésima semana acompanhada de comprometimento sistêmico ou disfunção de órgãos-alvo, mesmo na ausência de proteinúria, define a pré-eclâmpsia. Os critérios diagnósticos incluem PAS ≥ 140 e/ou PAD ≥ 90 mmHg após 20 semanas de gestação (paciente previamente normotensa) E 1 ou mais dos seguintes:

- PTNúria ≥ 0,3 g (24h) ou relação proteína-creatinina na urina ≥ 0,3 (mg/mg) em amostra isolada de urina ou dipstick PTN ≥ 2+;

- Plaquetas < 100.000 mm³;

- Creatinina > 1,1 mg/dL ou > 2x basal;

- Transaminases hepáticas > 2x o limite superior;

- Edema pulmonar;

- Cefaleia persistente de início recente sem outra etiologia e refratária a analgésicos;

- Sintomas visuais (visão turva, escotomas).

 

Resposta: letra D.

 

Referências: CHRISTOPHER, W. I. et al. Preeclampsia—Pathophysiology and Clinical Presentations. J Am Coll Cardiol. 2020 Oct, 76 (14) 1690-1702.

 

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