(UNESP 2018) Mulher, 67 anos, com hipertensão arterial controlada, sem alterações de exames laboratoriais. Ecocardiograma (há um ano): aumento do átrio esquerdo. Vem à consulta de rotina assintomática, apresentando o seguinte eletrocardiograma: A conduta mais adequada é
(A) adenosina e warfarina.
(B) amiodarona e AAS.
(C) metoprolol e warfarina.
(D) digoxina e AAS.
PET comenta:
Primeiramente, é importante interpretar o ECG. Com duas informações fechamos o diagnóstico: ausência de onda P + ritmo irregular. Portanto, estamos diante de uma fibrilação atrial (FA). Como a paciente está assintomática e não se sabe o tempo de início, não se deve reverter o ritmo, pois a existência de trombos nos átrios não pode ser descartada prontamente (contraindicaria a cardioversão). A possibilidade de trombos se torna ainda maior pelo fato de o ECO já revelar aumento do AE, facilitando a estase sanguínea. Assim, apesar de assintomática, é necessário controlar as principais complicações da FA: tromboembolismo ou desenvolvimento de alta resposta ventricular. Para isso, usamos o CHADSVASC, que no caso da paciente é 3 (HAS, entre 65 e 74 anos, mulher). Assim, está recomendado anticoagulação oral (>2 recomenda-se). É importante lembrar que AAS não é anticoagulante, mas antiplaquetário. Portanto, as alternativas B e D estão incorretas. Para controlar a FC, os medicamentos de primeira linha são Beta-bloqueadores ou Bloqueadores de canal de cálcio não diidropiridinicos. No caso em questão, podemos usar o Metoprolol, não a Adenosina.
Letra correta: C
Referências Bibliográficas:
1 - II Diretrizes Brasileiras de Fibrilação Atrial
https://www.scielo.br/pdf/abc/v106n4s2/0066-782X-abc-106-04-s2-0001.pdf
2 - Diretriz Brasileira de Fibrilação Atrial - SBC
https://publicacoes.cardiol.br/consenso/2009/diretriz_fa_92supl01.pdf
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