Tratamento intensivo para hipertensão arterial apresenta maior redução de riscos cardiovasculares em pacientes idosos?

12/09/2021 13:51

Hipertensão arterial se configura como um fator de risco importante para eventos cardiovasculares em pacientes idosos. Nesse sentido, um estudo chinês prospectivo, multicêntrico, randomizado e controlado, publicado em agosto de 2021 no New England Journal of Medicine, realizado com o intuito de avaliar se o tratamento intensivo reduziria os riscos cardiovasculares quando comparado com o tratamento padrão em pacientes chineses de 60 a 80 anos, com média de idade de 66,2 anos, que apresentavam hipertensão arterial com pressão arterial sistólica de 140 a 190 mmHg durante três consultas de triagem ou estarem em uso de medicação anti-hipertensiva (19,1% tinham também diabetes mellitus), com exclusão de pacientes com histórico de AVE isquêmico. Os 8511 triados foram randomizados em grupo de tratamento intensivo (meta de pressão arterial sistólica de 110 a 130 mmHg) ou grupo de tratamento padrão (meta de 130 a 150 mmHg). Houve administração de medicamentos anti-hipertensivos, sendo eles olmesartana, amlodipina e hidroclorotiazida. O desfecho primário consistiu em acidente vascular encefálico (isquêmico ou hemorrágico), síndrome coronariana aguda (infarto agudo do miocárdio e hospitalização por angina instável), insuficiência cardíaca descompensada aguda, revascularização coronária, fibrilação atrial ou morte por causas cardiovasculares. Após acompanhamento de 3,34 anos, os resultados de desfecho primário foram menores no grupo tratamento intensivo (3,5% dos pacientes) quando comparado ao grupo de tratamento padrão (4,6% dos pacientes), com diferença absoluta de 1,1 pontos. Não houve diferença significativa acerca de incidência de tontura, síncope e desfechos renais entre os dois grupos, apesar de a hipotensão ser maior no tratamento intensivo. No geral, o tratamento intensivo resultou em menor incidência de eventos cardiovasculares que o tratamento padrão, mas é preciso ressalva em generalizar para populações não inclusas no estudo, como os pacientes com histórico de AVC.

Para saber mais detalhes sobre o estudo, acesse o artigo completo clicando aqui.

 

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